Hashtag Economia Comportamental #129
#Aterrissaram 🛬
🎉Boas-vindas aos novos inscritos: quadroswagners, sergim, helena.azambuja, jhbsilva.br, caioaugusto89, leandrozedes, juliannyrafea, aline.smani, priscilamuller, corabarros9, guilhermetalkinc, farhadak e gabrielmonteirods.
#Editorial
Sentado ao sofá com celular na mão, timeline seguindo seu curso, todo tipo de imagem e situação passa pelos seus olhos. Alguns conteúdos prendem sua atenção, outros causam desejo, vontade e basta descuidar por alguns poucos segundos para que algo se transforme em uma necessidade.
Se tem algo que o mundo tem conseguido produzir com facilidade são necessidades.
Necessidade de viajar para aqueles lugares belos e irretocáveis. Necessidade de se exercitar o suficiente, de experimentar aquele doce, de fazer a receita, de ter mais seguidores, mais dinheiro, mais tempo livre…
Mais um descuido e as necessidades assumem o controle. Trabalhar para conseguir dinheiro, conseguir dinheiro para satisfazer necessidades. Arrume outro emprego, torne-se empreendedor de si mesmo, venda cursos, guarde dinheiro, invista na bolsa, economize, crie seus leads, conquiste mais seguidores…
Vamos vivendo, várias necessidades por vez.
Se tem algo que todos temos verdadeiramente em comum são as necessidades.
Dormimos e acordamos e lá estão elas espreitando para nos colocar em movimento. O carro novo, a roupa nova, o mais novo modelo de relógio inteligente, o melhor celular já lançado, o computador mais potente, o ingresso para o evento, o show imperdível…
Nada escapa de virar necessidade e, portanto, de ser perseguido com afinco. Acreditamos que tudo é possível, jogamos o jogo e nos vendemos como mercadorias no grande mercado das necessidades.
E se ao final de um ciclo, não conseguirmos satisfazer por completo tudo que desejamos, ficamos felizes em arriscar nossa sorte na loteria. E então sonhamos com o mundo sem restrições, sem esforço e com liberdade para valer. Liberdade de abandonar até mesmo o emprego dos sonhos e seguir sem planos, sem metas, sem necessidade de poupar para aposentadoria.
Sentado no sofá, celular na mão, timeline procura os números da loteria. Não foi dessa vez. A falta de sorte é a senha para que o sistema seja reiniciado mais uma vez. A timeline continua exibindo as férias, as viagens, as receitas, os cursos, os carros… as necessidades. Todas elas ali de volta, mas sem repetição. Agora é novo melhor lugar para viajar, os novos cem melhores restaurantes para visitar, os cinco objetos tecnológicos de última geração e indispensáveis, o novo celular, o novo relógio…
O tempo passa, as necessidades ficam, sejam elas quais forem. E vamos saltando de uma a outra, ajustando nossas expectativas, nos vendendo, conformando, desistindo aos poucos, perdendo as batalhas e morrendo.
Passamos os dias desejando e fazendo todo tipo de esforço para ter e somos enganados, pois ter não basta. É o que somos que conta ao final e não o que temos.
Então Seja!
🗣️Frase da semana
“Todos nós temos uma prodigiosa parcialidade em favor de nós mesmos.”
___ David Hume
#Assista&Reflita
É difícil encontrar conteúdo que saia do óbvio sobre motivação. Praticamente impossível também é encontrar conteúdo que forneça informações para além do senso comum ou de situações muito distantes da realidade da grande maioria das pessoas.
Esse TED da Ayelet Fishbach é uma exceção. Pode acreditar!
#Assista&Reflita
🔎CSI comportamental
Francesca Gino está de volta!
O caso ainda não teve solução final, está em andamento, mas em publicação em seu site no último dia 15/03, Francesca Gino voltou a reafirmar sua inocência. O que mudou então? Segundo ela mesma diz em e-mail aos inscritos de seu site:
“como indiquei na página principal, meus advogados me desencorajaram a postar mais e a me manifestar à luz dos processos judiciais e administrativos em andamento. ”.
Parece que o site foi de base e ficará sem novas atualizações enquanto o processo judicial durar. Natural, afinal cada linha postada, seja para o bem ou para o mal, pode ser incluída como evidência no processo. Se eu fosse ela, não teria a mesma determinação de escrever nesse cenário.
O post, muito sucinto e direto, se destaca pela forma protocolar e direta. Aliás, muito diferente do estilo de escrita de Gino. Na postagem ela diz que:
Atualização de 15 de março de 2024:
Harvard compartilhou seu caso. E embora meus advogados tenham me desencorajado a falar, só preciso dizer que eu não me envolvi – nunca – em fraudes acadêmicas. Uma vez que eu tenha a oportunidade de provar isso no tribunal, com o apoio de especialistas que me foram negados através do processo de investigação de Harvard, você verá por que o caso deles é tão fraco e que essas são alegações falsas. Até lá, é tudo o que posso partilhar.
🤑Ciência para aumentar seu salário?
Um estudo sobre mercado de trabalho, encontrou um resultado interessante. Segundo pesquisadores, os trabalhadores ancoram para baixo o salário médio do mercado e com isso acabam recebendo salários menores.
O estudo também mostra que os trabalhadores em empresas com salários mais baixos são altamente suscetíveis a subestimar os salários em outras empresas; e que dar aos trabalhadores informações corretas sobre a estrutura salarial em seu setor os torna mais propensos a declarar que pretendem deixar seus empregos atuais.
Uma das responsáveis pela pesquisa, Nina Roussille destacou que:
"A intuição é simples: se os trabalhadores de baixos salários não sabem que poderiam ganhar mais em outros lugares, então esses trabalhadores ficam em empresas de baixos salários. Por sua vez, essas empresas de baixos salários não sentem a pressão competitiva do mercado de trabalho externo para aumentar seus salários."
Já pode incluir o estudo no rol de mais odiados pelos empresários?
📚Leitura em destaque
A recomendação de leitura é o texto da Isabel Clemente para o jornal Valor Econômico. Já comentei aqui algumas vezes a importância de textos literários para além do lazer ou prazer de ler.
A literatura é também sobre histórias de pessoas, suas experiências e possibilidades e com isso, torna-se indispensável para formação humana, para incrementar a empatia com os outros e melhorar a conexão entre todos.
O texto é excelente e se você não assina o jornal deixo o link para leitura como cortesia aqui.
🏃💨 De saídas
📝Listão: o Robert Meza passou a publicar um compilado dos cursos disponíveis pelo mundo sobre Economia e Ciência Comportamental. A lista do primeiro trimestre de 2024 já está on! Confira! [.htm]
🐘Nudgestock 2024: Um dos eventos mais interessantes e descolados com temática comportamental já tem data confirmada para acontecer em 2024. O Nudgestock divulgou o trailer e a data oficial do evento que acontecerá em 05 de julho. Reserve sua agenda! [.htm]
🫰Gratis: A edição 2024 do curso gratuito em Economia Comportamental do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) já abriu inscrições e o prazo vai até dia 27/08. Não deixe para última hora! As aulas começam em 03/09 e o curso é sobre Economia Comportamental e políticas públicas. [.htm]
💣Browser Wars: nova lei que obriga dispositivos com iOS, o sistema operacional da Apple embarcado nos iPhones, a oferecer opções alternativas ao seu navegador Safari entrou em vigor Europa. Imediatamente os concorrentes viram os números de downloads saltarem. Removida a opção padrão, as pessoas agora escolhem mais o navegador que desejam usar e nem sempre é o da apple. [.htm]
👀Distopia: sistema identifica alunos por reconhecimento facial na sala de aula. Mais do que apenas identificar os alunos presentes na sala, a ideia também é que o sistema reconheça expressões faciais dos alunos, como uma forma de medir como eles estão se sentindo e se comportando. [.htm]
🎁Achados da semana
💥Marquei a página
Do texto da Isabel Clemente para o jornal Valor Econômico, recomendado esta semana como destaque, eu marquei e queria compartilhar:
“Há dois problemas com a retórica. Primeiro, as pessoas com quem você está falando têm o seu próprio conjunto de informações. Enquanto você tenta persuadi-las, elas discutem contigo mentalmente. Em segundo lugar, se conseguir persuadi-las, será um sucesso intelectual e isso não é bom o bastante porque as pessoas não são inspiradas a agir apenas pela razão”, disse, numa entrevista para a Harvard Business Review, Robert McFee, premiado escritor, roteirista e professor que deu aulas para gente que produziu filmes como Toy Story, Forrest Gump e Monty Python, para citar alguns. A conversa é de 2003. Segue atual.